Com a parada de outubro de 2021 no Facebook, WhatsApp e Instagram, o mundo ficou entendendo um pouco melhor sua forte dependência das redes sociais. Devido a uma configuração defeituosa, as redes sociais ficaram inacessíveis por mais de cinco horas. Porém, este não foi o único ‘apagão’ na história da rede de Mark Zuckerberg.
Em 2008, o Facebook ficou inacessível por quase um dia inteiro devido a um bug que deixou parte dos 80 milhões de pessoas usando a plataforma sem acesso.
O Facebook enfrentou outra grande paralisação em 2019, com repercussões que não foram as mesmas em todos os países. Acontece que a rede social já havia crescido para 2,3 bilhões de usuários mensais, fornecendo novos produtos que em 2008 não dispunha. Em outros pontos do globo, a pane de 13 de março de 2019 durou cerca de 14 horas. No Brasil, durou pouco mais de uma hora.
No final da manhã desse dia, milhões de usuários perderam o acesso às suas contas. E só no dia seguinte a rede social conseguiu resolver todos os problemas, emitindo um pedido de desculpas e justificando aquela gigantesca quebra de serviço. Mas o Facebook esclareceu tudo num comunicado, no dia 14 de março de 2019.
“Como resultado de uma mudança na configuração do servidor, muitas pessoas tiveram problemas para nossos aplicativos e serviços. Já resolvemos os problemas e nossos sistemas estão se recuperando. Lamentamos o transtorno e agradecemos a paciência de todos”, referiu o Facebook em um comunicado publicado no Twitter.
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A pane mais recente no Facebook, WhatsApp e Instagram
Cerca de dois anos e meio depois, veio uma nova pane de dimensões globais. E com efeitos ainda mais devastadores, dado o aumento do número de usuários e a crescente oferta de serviços e seu uso empresarial. Para você ter uma ideia do crescimento da rede, em 2021 o Facebook tem 2,7 bilhões de usuários ativos mensais.
E não esqueça o leitor que essas paradas do Facebook, WhatsApp e Instagram de 2021 ocorrem num momento em que o mundo atravessava uma pandemia. Devido a covid-19, essas redes forneceram novas ferramentas que passaram a fazer parte do uso diário de bilhões de usuários. E as redes sociais aumentaram sua preponderância, cumprindo um papel essencial entre pessoas em confinamento.
Não é fácil determinar qual a maior pane do Facebook. Seria necessário avaliar diferentes fatores, como número de usuários, duração do evento, ou seus efeitos econômicos. No que diz respeito a esse terceiro fator, talvez a pane de 2021 deva ser considerada a maior de todos os tempos.
Números da pane em 2021
- Impacto econômico no Brasil ronda R$ 130 milhões, segundo a Netblocks.
- No mundo, o prejuízo supera US$ 1,1 bilhões.
- Ações do Facebook caíram 4,9%.
- Facebook caiu US$ 47,3 bilhões, na Nasdaq.
- Mark Zuckerberg perdeu US$ 6 bilhões, com a queda das ações.
- Facebook, WhatsApp e Instagram têm cerca de 3,5 bilhões de usuários em todo o mundo.
- Telegram registrou 70 milhões de novas contas, durante a pane dos concorrentes.
- Telegram subiu de 56º para 5º lugar nos apps gratuitos mais baixados nos Estados Unidos.
Sem Facebook, Instagram e WhatsApp, os usuários procuraram alternativas. O site DownDetector, que monitora quedas de serviços em tempo real, detectou instabilidade noutras redes sociais, como o Twitter e o Telegram.
Mais do que nunca, o mundo está ligado em rede. E apesar de uma pane nos permitir desligar do mundo distante e nos ‘obrigar’ a lembrar que temos amigos e família por perto, certo é que já não podemos viver sem esse elo gigantesco que nos une.